quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Crença.


Distante demais para que eu possa ver,
Completo demais para que eu chegue a esquecer
Eu quase ouço seu riso, quase
Eu tenho esperado por você, tenho lutado por você
E não faz diferença quanto eu tenha que tentar,
Não espero retorno além do seu sorriso
As palavras me fogem - isso agora é constante
O inexplicável é inevitavelmente intrínseco e eu
Estou como louca - à minha maneira
Rabisco, apago e escrevo: não grito e quase não falo
Mas imagino que isso não importe, acredito e isso é o bastante
Acredito e isso me faz viva
Acredito, e é mais que acreditar em mim,
Mais que acreditar em ti
É pela minha verdade que eu luto:
Acredito na força que temos, eu e você, se estamos juntos.

Logística intrínseca.

Absurdamente plácido o meu desespero: pacato e previsível
Não sou de me abrir e só falo quando sei que vai haver resposta
(Que pareça o bastante, ao menos)
É difícil, são contáveis os sorrisos que me fazem sorrir
Mas ao menos sei que sempre estarão aqui
Escrevo, risco, rabisco, esboço e escrevo outra vez
Quando choro ou quando grito, quando tudo está tranquilo
Ou quando quero falar de todo este amor infinito
Não consigo rir abertamente nem falar quando há uma trava
E a introversão é característica permanente
Toda a ilogicidade me acompanha, porque meu mundo é único e meu
Enxergo tudo do meu jeito, entendo de modo particular os trejeitos
E minha opinião é inconstante, ainda que meus princípios sejam imutáveis
Me esforço para que não me esforce e não consigo
É como uma bola de neve, vê? Tudo volta e vai ao mesmo tempo
Meu limite é grande, mas não pode retroceder se chega ao topo;
Não sou de voltar atrás no que decido nem de me arrepender do que quero
Em se tratando do que sinto, pode doer às vezes, mas é tudo mantido
(É tudo constante na inconstância, é toda a controvérsia)
Respeito é dado quando se recebe - se deixa de ser mútuo,
Deixa de existir
Luto pelo que acredito até quando não percebo
Extravaso frustrações e glórias com o mesmo grito mudo,
E há certa peculiaridade no modo como acredito
Em anjos e milagres.

Everything about you.


Não amo você porque me faz rir ou porque me conforta. Amo você porque amo: isso é tudo.
Your soul can't hate anything. Everything about you is so easy to love.

terça-feira, 25 de maio de 2010

A questão, então, não é droga de rixa nenhuma; não é a mesma discussão sem fim sobre talento ou falta dele; não é a mesma troca de ofensas que não levam a lugar nenhum - isso só irrita e nada mais.
A questão não é o imenso descaso, a provocação infantil, a rivalidade besta. Não mais.
A questão é o egoísmo, a crueldade. A questão é passar dos limites e se esforçar para destruir o que não é seu. É não aceitar que todo mundo pode brilhar, não só quem se prefere - porque todo mundo pode.
A questão é quem não entende que generalizar não quer dizer que não há exceções - graças a Deus, há. E seria podre não reconhecê-las.
A questão não é o não-gostar - é o desrespeito pelo direito do outro.
Isso passa dos limites. É além, muito além do aceitável para qualquer pato ou vassoura. E chamem isso de drama ou o que for, mas eu não consigo aceitar. Porque vai contra quem eu sou, vai contra a limpeza que eu aprendi a ter, vai contra meus princípios. E por mais que mudem minhas opiniões e certezas, meus princípios nunca mudam.


Existe um valor que se chama lealdade,. Para os que não sabem o que significa a palavra, chequem no dicionário. Então aproveitem e encontrem outro: RESPEITO.
(Dulce María)

Opinião

Então não se pode ter; andar, aceitar, marchar, oferecer a outra face
Ser inofensivo é supostamente o que conta
É o que devo fazer, portanto: calar-me tanto quanto possa.
Me encantaria saber se além de palavras eu fiz algum mal
A quem quer que seja.
Mas palavras são tão pouco: há razão e direito no meu não-gostar
Por que eu devo abaixar a cabeça e ignorar a falta de limpeza
Se o egoísmo não foi meu?
Olhem então adiante, se é medo o que sentem;
Lutem pelo seu ideal, e não contra o que eu tenho.
Não devia ser uma disputa sem fim - desde que
Soubessem aceitar que outros podem ter o seu dia também.
E o erro foi meu? Que ironia.
Há certas coisas que engasgam e se prendem
Um dia hão de sair, mas não agora...
O importante por ora é que ser tão passivo faz mal.
Eu só queria que você pudesse entender que o que te fez
Pensar assim foi só opinião - sem qualquer ação
Para atrapalhar ninguém.
Mas talvez, então, eu não precise mais de aval
Pra saber até onde eu posso ir e me manter limpa.


Porque não gostar não significa agir como um porco e tentar desarticular o esforço que alguém faz para que se cumpram seus sonhos.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Hay que correr el riesgo de levantarse y seguir cayendo...

Tenho mil trejeitos, mil manias; tenho também uma lista quase sem fim de palavras e músicas proibidas - praticamente um Index particular.
Não sei lidar com finais, tenho complexo de inferioridade e pareço predisposta a sofrer quando me sinto sozinha.
Há momentos em que me acho forte e madura, e há horas em que me vejo como uma criança fraca.
Acho que engano a mim mesma quando me é conveniente. Acho que às vezes a verdade me invade de forma avassaladora, e me perco entre minhas dúvidas. Não consigo lidar com dualidades, não consigo escolher entre renunciar e me arriscar.
E, principalmente, não consigo entender como amar pode doer tanto quando se está apaixonado demais para esquecer; quando desistir parece o certo, mas não é fácil. Quando se sabe que isso está arrasando você por dentro, e já não é a mesma coisa, nunca vai ser a mesma coisa... E você ainda se preocupa, ainda se desespera, ainda sente a droga do coração aos saltos, e não consegue. Simplesmente não consegue ir embora.
Não sou capaz de entender como, então, se machucar tanto ainda é egoísta. É cruel demais aceitar que tanta dor ainda seja um capricho, mas é a verdade.
E, às vezes, encarar a verdade é a forma mais eficaz de se enganar.

Ao menos para mim.

sábado, 17 de abril de 2010


Você faz alguma ideia do milagre que é o seu sorriso?

domingo, 11 de abril de 2010

E tão contrário a si é o mesmo amor.

Confusão, dependência, choque, alegria, verdade. Me pergunto quando isso vai passar, se isso vai passar algum dia. Gostaria de entender quanto da minha força devo a você, que está aqui em todas as coisas, que mesmo sem saber me traz paz.
E me traz tormento, mais tormento do que poderia ser suportável. Adoraria aquietar meu coração e curar este remorso. Adoraria entender que não importa quão escuro esteja, sempre haverá uma luz, sempre haverá um caminho.
E eu hei de me reencontrar. Em algum momento já não estarei a me sentir tão vazia, tão sozinha; sei que tudo ficará mais claro. Só não consigo me decidir se encontro esse caminho ao seu lado ou não.
Não há o que fazer quando se ama a quem mais podemos machucar; quando um amor já está cansado de sofrer, e ainda assim perdura.
Mas talvez por isso seja amor. Porque não passa, apesar de toda mágoa, de toda dor, de todo o arrependimento. Porque não passa: foi feito pra ser eterno. Feito pra ser infinito.

Lo etereo no es invisible.


- Com certeza.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Sobre as tempestades.

O título, provavelmente subjetivo demais, pode soar como informativo ou reflexivo. O que quer que pareça, soa bem. Soa bem porque estou perdida diante de tantos desmoronamentos - tanto internos quanto externos.
Me sinto aturdida frente ao caos que se instalou sobre o Rio. Me sinto aturdida frente ao caos que se instalou sobre as minhas razões, os meus valores e as minhas crenças. De uma forma ou outra, tudo se interliga porque as causas tornam-se óbvias. Suponho que eu esteja aprendendo a raciocinar por mim mesma, suponho que essa sensação de solidão e melancolia esteja no pacote.
Gostaria de não me sentir tão perdida, tão furiosa, tão cansada. Talvez eu gostasse também de diminuir o grau de drama que minhas palavras carregam. Sofreguidão demais parece novela mexicana; bom, pode ser essa a razão pela qual são meus folhetins favoritos.