Então não se pode ter; andar, aceitar, marchar, oferecer a outra face
Ser inofensivo é supostamente o que conta
É o que devo fazer, portanto: calar-me tanto quanto possa.
Me encantaria saber se além de palavras eu fiz algum mal
A quem quer que seja.
Mas palavras são tão pouco: há razão e direito no meu não-gostar
Por que eu devo abaixar a cabeça e ignorar a falta de limpeza
Se o egoísmo não foi meu?
Olhem então adiante, se é medo o que sentem;
Lutem pelo seu ideal, e não contra o que eu tenho.
Não devia ser uma disputa sem fim - desde que
Soubessem aceitar que outros podem ter o seu dia também.
E o erro foi meu? Que ironia.
Há certas coisas que engasgam e se prendem
Um dia hão de sair, mas não agora...
O importante por ora é que ser tão passivo faz mal.
Eu só queria que você pudesse entender que o que te fez
Pensar assim foi só opinião - sem qualquer ação
Para atrapalhar ninguém.
Mas talvez, então, eu não precise mais de aval
Pra saber até onde eu posso ir e me manter limpa.
Porque não gostar não significa agir como um porco e tentar desarticular o esforço que alguém faz para que se cumpram seus sonhos.
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